23 de janeiro de 2008

Violência contra a mulher, foi o tema da entrevista de hoje na 101

Dando seqüência a semana de entrevistas da 101 FM a psicóloga Verônica Valadares, que está a frente da recém criada Coordenadoria Municipal da Mulher, esteve no estúdio da emissora falando sobre violência contra a mulher em Santa Cruz do Capibaribe.
Com a participação dos ouvintes, Verônica falou sobre a Lei Maria da Penha (explicando suas particularidades e como funciona) e divulgou os números da violência contra a mulher em Santa Cruz durante o ano de 2007.
Ela abordou ainda os possíveis tipos de violência que a mulher pode sofrer, esclarecendo que não só a violência física é caracterizada como tal, mas também a psicológica entre outras como afirma o art. 5 da lei Maria da Penha: Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. De acordo com a doutora, muitas vezes a mulher por não entender que agressão verbal pode ser caracterizada como violência não recorre a justiça. Segundo ela, a violência contra a mulher pode ser praticada pelo parceiro, por uma mulher ou por qualquer pessoa e que a lei contempla caso seja comprovado laço de familiaridade ou amizade.
Verônica falou ainda sobre a Coordenadoria Municipal da Mulher e do trabalho que a mesma desenvolve. A entrevista foi produtiva, prova disso é que segundo informações da própria psicóloga após o termino da entrevista uma mulher já a procurou a fim de saber mais sobre violência psicológica.

Violência contra a mulher em Santa Cruz do Capibaribe em 2007

Números:
*70 mulheres em 2007 no Hospital Municipal agredidas por parceiros ou pessoas do sexo masculino;
*157 ocorrências na delegacia municipal, sendo que dentre estas ocorreram 1 homicídio;
*1 tentativa de homicídio;
*54 ameaças;
*e 101 agressões físicas.

De acordo com o artigo 7 da lei Maria da Penha:

São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Quem interessar conhecer o trabalho ou precisar dos serviços da Coordenadoria Municipal da Mulher pode dirigir-se ao prédio da prefeitura, onde ela funciona provisioramente ou ligar para 9162-2311.







A próxima entrevista será na sexta-feira com o contador Luciano Bezerra, que irá falar sobre ´´Trabalho informal``. Na próxima semana, continua a sere de entrevistas.

Nenhum comentário: