24 de outubro de 2008

´´Trate uma pessoa como você gostaria que ela lhe trata-se``

As dificuldades enfrentadas no dia-a-dia de quem tem alguma deficiência fisica, esse foi o tema discutido hoje pela manhã no Debate da Estação, que sempre propondo discussões sobre temas relevantes para a sociedade, recebeu o ouvinte-amigo Uel Tonelada. Uel que foi acometido por uma paralisia quando criança falou sobre seu dia-a-dia e as principais dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos em Santa Cruz do Capibaribe.

Convidado fala de sua deficiência

´´Eu tinha um ano e deu paralisia infantil, ou seja, eu hoje estou feliz e estou andando. Pela paralisia era para eu estar inválido``

Praticante da capoeira Uel falou da importância da persistência

Ao falar sobre as dificuldades enfrentadas pelo deficiente físico o nosso convidado destacou a importância de não se baixar a cabeça e lutar sempre pelos ideais. Exemplo disso é o próprio Uel que trabalha, luta capoeira, vai às festas, ou seja, leva uma vida normal tendo em vista que é uma pessoa como qualquer outra.

Entrevistado fala sobre o preconceito de algumas pessoas com a capoeira

´´Algumas pessoas têm preconceito com a capoeira, o Grupo Legião diferente de outros grupos que acham que capoeira é só dar pernada e pancadaria trabalho com adultos, crianças e idosos``.

Santa Cruz cidade injusta

Santa Cruz do Capibaribe deixa muito a desejar as pessoas portadoras de alguma deficiência. As calçadas, lojas e grande parte da estrutura do setor público e privado não oferece condições de igualdade a essa parcela da sociedade. O convidado falou sobre o assunto e sobre o preconceito enfrentado pelo deficiente físico no dia-a-dia: ´´ aqui em Santa Cruz se um deficiente for andar na 29 tem que na dar junto aos carros ou com duas pessoas. O deficiente não precisa viver escondido. Tem lojas que o batente é muito alto. Orelhão você não vê um se quer para deficiente. Nas outras cidades os motoristas respeitam aqui eles passam por cima``.

Você enfrenta algum preconceito e como lidar com isso?

´´Sempre enfrento dificuldades, principalmente em festas. A forma mais correta que eu desde pequeno faço é nunca baixar a cabeça. Se alguém joga uma pedra eu não jogo de volta eu vou deixar que ele reflita sobre aquilo. O apoio de família é muito importante. Eu já me sinto vitorioso por ter tido paralisia infantil e hoje poder andar. O pessoal acha que deficiência é o fim, não é não``.

´´A deficiência não é como um resfriado que vai passar, tem que se adaptar ao sistema. É difícil, mas tem que manter a cabeça erguida. Deficiente é quem não tenta, todo mundo é capaz é só querer``.

Finalizando

Encerrando sua participação, bem mais calmo aquela altura (já que no inicio mostrava-se apreensivo), o convidado aproveitou para agradecer as pessoas que vêem a dificuldade dele no dia-a-dia e se propõem a ajudar, agradece o espaço, manda seus abraços e finaliza com a seguinte frase: ´´trate uma pessoa como você gostaria que ela lhe trata-se``.

Um comentário:

. disse...

Tonelada vc verdadeiramente tem um historia de superação!

vc sim é um exeplo de luta!