28 de novembro de 2008

Ele continua no poder

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar ao governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e a seu vice, José Lacerda Neto (DEM), que garante a permanência de ambos nos respectivos cargos até que se esgotem as possibilidades de recurso no tribunal contra a decisão da última quinta (20) do próprio TSE, que cassou o mandato dos dois por abuso de poder econômico e político e por prática de conduta vedada à agente público. Por cinco votos a dois os ministros do TSE decidiram acatar embargo de declaração obtido por Cunha Lima e Lacerda Neto na quarta (26) contra a decisão, que além de cassar os mandatos, havia determinado que o segundo colocado nas eleições para governador da Paraíba em 2006, senador José Maranhão (PMDB), tomasse posse no cargo. Até então, governador e vice não haviam deixado seus cargos porque o TSE ainda não publicou o acórdão no Diário da Justiça. Vale lembrar que apesar de manter o governador no cargo, a liminar concedida nesta noite não altera a decisão do último dia 20 que cassou o mandato de ambos.
Zé Maranhão que hoje é senador da republica ainda não havia renunciado ao cargo no Congresso Nacional para assumir a posição que pensava em ocupar. Agora Zé continua em Brasília e Cássio conduzindo a Paraíba (pelo menos até que outro fato novo surja).
Na noite desta quinta-feira a festa tomou conta das ruas de Campina Grande e carreatas e mais carreatas eram vistas ao longo das vias públicas. Tradicionalmente a ´´Rainha da Borborema`` é forte reduto Cassista.

Um comentário:

Euzébio Pereira Neto disse...

Apenas uma observação.

Não tem que aparecer nenhum fato novo para que se proceda a cassação de Cássio Cunha Lima, o fato é que o embargo de declaração, no qual foi concedida liminar para o governador permanecer no cargo, visa apenas esclarecer alguns pontos da sentença, mas não muda nada com relação à cassação, ou seja, quando sair a resposta do embargo, realizado pelos próprios Ministros que proferiram a sentença o (ainda) governador perderá o cargo.

Abraço,

Euzébio