28 de dezembro de 2009

A história da Rua do Canal

Continuando a série de postagens com partes do livro que está sendo preparado pelo radialista e professor Jota Oliveira, sobre a história e curiosidades das principais ruas de Santa Cruz do Capibaribe nós trazemos hoje um pouco da história da conhecida Rua do Canal.

Confira essa história com a particularidade que apenas um filho da terra e conceituado professor como Jota Oliveira poderia contar:

RUA DO CANAL

A Rua Manoel Balbino também conta parte interessante na vida da nossa gente. Hoje é conhecida como a Rua do Canal (este toma toda a sua extensão), mas já foi a Rua da Feira dos Passarinhos. Aliás, a Feira dos Passarinhos ainda ocorre ali todas as segundas-feiras no mesmo local de antigamente. Ou seja, como se dizia nos tempos idos, por trás da casa de Seu Raymundo Aragão.
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O ponto mais conhecido da Rua do Canal foi o Stúdio Fotográfico do Sr. Antônio de Roga – um mago da fotografia – que era procurado por dez entre dez santacruzenses vaidosos. Muitos são aqueles que ainda ostentam em seus arquivos pessoais, peças por ele produzidas. Aliás, devia ser incentivada uma exposição dos trabalhos de Antonio de Roga. Façamos justiça: seu Jonas Frutuoso era outro fotógrafo de renome naquela rua. O santacruzense nato, que tem entre 35 e 50 anos de idade, tem sua foto no banquinho coberto com tecido florido de Seu Jonas. De quem foi a ideia não se sabe, mas, a verdade é que seu Jonas era uma espécie de fotógrafo oficial das crianças santacruzenses.
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Também na Rua do Canal a juventude teve seu local de encontro. Na década de 80 surgiu o “Bar do Canal”. Era uma boa pedida. Os jovens punham a conversa em dia ao som de uma boa música. Som ao vivo, boa ambiente e, sobretudo um espaço bem frequentado. Outro bar também marcou época na Rua do Canal: o Bar do Apolônio. Este era o ponto de encontro de algumas lideranças políticas e adeptos de determinada ala política da cidade. O Restaurante o Marruá completava o lado gastronômico da Rua Manoel Balbino.
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Mário Neves – o bom Baú – levou para aquela rua o Cine Mariza Neves que, durante algum tempo tentou reunir os amantes da sétima em sua sala de projeções. Aqui não foi diferente das outras cidades do interior: o cinema sucumbiu. Depois, aquele espaço passou a ser sede da ASSUNI. Duas livrarias também foram abertas na rua: a Livraria Deus Conosco – da Paróquia – que abastecia os leitores do segmento católicos com os títulos mais procurados e a Livraria Nossa Senhora da Conceição, com outros segmentos de leitura e papelaria.
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Esse texto é parte da obra que está sendo preparada pelo professor Jota Oliveira

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