2 de dezembro de 2009

ZÉ E A DISTORÇÃO DOS FATOS

Acreditamos que há na política formas valiosas e que podem trazer as tão esperadas e desejadas benfeitorias para a população e, assim, que tenhamos uma sociedade mais justa, com desigualdades reduzidas e um bem estar para todos.


A política é, sem dúvidas, um grande instrumento para que consigamos modificar e retirar grandes mazelas que se apoderam do poder como se fossem seu, agindo em beneficio próprio ou dos “seus”. É de se lamentar que em uma cidade empreendedora como é, de fato, a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, nossa população ainda sobrevalorize a velha e mesquinha “politicalha” que, comprovadamente, já arruinaram grandes povos.


Há algum tempo sem escrever, mas acompanhando os acontecimentos sócio/políticos de nossa cidade, percebo que nossa querida Santa Cruz está longe de galgar vôos mais altos e consistentes, visto que, no mais esperado e comentado assunto das últimas semanas (a votação das contas de 2006 de Zé Augusto) que se viu foi uma grande “briga” da população (também dos vereadores), uns defendendo Zé e outros o acusando, sem a devida consciência do que faziam.


Tentarei trazer algumas questões sobre os fatos das contas de Zé Augusto e a forma de como muitos destes fatos foram distorcidos para “aliviar” a grande enrascada que Zé está inserido.


As polêmicas contas são do ano de 2006, onde, alguns lembram (pois uns esquecem rápido e outros preferem esquecer) do escândalo do lixo e da merenda onde foram depois constatadas IRREGULARIDADES pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE). O TCE é um órgão que visa a fiscalização dos ordenadores de despesas e está previsto na Constituição Federal de 88, sendo composto por Auditores Fiscais de carreira e membros do Ministério Público de Contas, sendo todos os nomes que o compõe, aprovados pela Assembléia Legislativa do Estado.


Zé Augusto e o vereador Ernesto Maia (sobrinho de Zé) tentaram de todas as formas desqualificar o parecer do Tribunal que pedia a rejeição das contas de Zé, alegando que não haviam meios suficientes para se julgar tais contas. Ora, o TCE só manda o parecer para as câmaras após AMPLA DEFESA E CONSTATADA AINDA AS IRREGULARIDADES, fato que aconteceu por aqui! Foi constatada nas contas do ex-prefeito Zé Augusto, falhas graves que chegam a quase 400% de PAGAMENTO INDEVIDO, ou seja, se era para pagar R$ 1.000 se pagava, pasmem, R$ 4.000. UM ABSURDO! Enquanto Zé vai a Rádio dizer que na gestão dele era tudo mais barato (e muitos acreditam), tentando confundir a mente das pessoas de bem desta cidade.


Voltando à parte inicial deste texto, entendemos que a política pode ser a grande modificadora de fatos como este, onde pessoas usam da confiança que foi concedida para TRAIR O POVO DA CIDADE, investindo indevidamente os recursos disponíveis.


A população tem que ser mais fiscalizadora, cobrar o Orçamento Participativo e, sempre, em casos como este, usar a razão e não o velho jogo da politicalha que tanto atrapalha nossa cidade.

Abraço a todos,

Euzébio Pereira Neto


http://www.tce.pe.gov.br/

Um comentário:

santaccapibaribe disse...

O final de seu texto retrata praticamente tudo que deve ser feito por nossa população, a cobrança do povo, o orçamento participativo, o fim da politicagem, isto é o que devemos fazer.
Agora pergunto: porque não já exigir do atual governo municipal a criação de um portal como o da transparência, onde todos os gastos seriam expressos, o destino dos recursos, relação de fornecedores, bem como com a obrigatoriedade, via internet, de todas as licitações feitas. Esse é o momento oportuno. Onde está a oposição que não cobra isto publicamente, que não discute a questão com a sociedade, onde estão as entidades de classe, o que vocês estão fazendo. E, porque não a camâra não faz o mesmo.

Se na merenda e na limpeza pública há tanta irregularidade imaginem na educação, na saúde. Quem são os fornecedores ganhadores das licitações nestas áreas, será que é alguma empresa laranja? será que na grande maioria o vencedor é o mesmo, será que estamos pagando um preço justo pelos medicamentos?

Tenho certeza que se o prefeito fizeste isto a população o reconheceria como uma pessoa disposta a trabalhar por nosso município e a acabar com todo parasita existente na esfera pública. Portanto, senhor prefeito aproveite o momento, faça isto, agora não fique só na discussão.