22 de outubro de 2007

O político: uma peça desprezível


"Política é a arte de governar com o máximo de promessas e o mínimo de realizações” Júlio Camargo , professor pernambucano, no livro A arte de sofismar


Por: Bruno Bezerra

Na imensa maioria das cidades brasileiras, especialmente nas médias e pequenas, a figura do político como agente administrativo e empreendedor de um modelo real de desenvolvimento, tem se mostrado uma peça improdutiva, uma peça plenamente desprezível.Quando o assunto é a promoção do desenvolvimento – econômico, social e cultural – baseado no conhecimento, no pensamento e na atitude empreendedora, na educação de qualidade, no respeito ao meio ambiente e no fomento da qualidade de vida da população, a figura do político como provedor dessa estrutura é uma figura falida, com data de validade vencida, e bota vencida nisso.Justiça seja feita, é bem verdade que dentro dessa improdutiva realidade existem raríssimas, raríssimas exceções. O problema aqui é que o que é exceção deveria ser a regra.Na grande maioria das prefeituras espalhadas de norte a sul do Brasil, pensar e planejar estrategicamente o desenvolvimento – como citamos acima – é um bicho-de-setenta e sete-cabeças. O político foge do pensar e do planejar o desenvolvimento como o diabo foge da cruz. E a população termina no Deus nos acuda de sempre.O danado é que o político só pensa e planeja política. É aí que reside o satanás nessa história toda. Se você perguntar a respeito das próximas eleições, o político é capaz de pensar e planejar os mais variados, produtivos e vantajosos cenários nas inúmeras eleições dentro dos próximos 12 anos.É assim que a banda tem tocado. É assim que a imensa maioria das prefeituras tem trabalhado. É assim que a maioria dos políticos tem atuado.As cidades não precisam de políticos, as cidades precisam de administradores e empreendedores. De pessoas capazes de pensar, planejar e prover um real desenvolvimento, que tenha como resultado primordial uma decente qualidade de vida, mas não apenas uma qualidade de vida individual, mas sobretudo, uma qualidade de vida coletiva, em sociedade, em comunidade.A cidade é um organismo vivo, e como tal precisa ser pensada e planejada. Da mesma maneira que pensamos e planejamos nossas vidas, seja no plano pessoal ou profissional, precisamos pensar e planejar a vida das cidades.

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