20 de outubro de 2007

OS JOVENS E O PRIMEIRO EMPREGO

Por: Josemilda Santos

Mercado de trabalho: o Sonho e a Realidade

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior dificuldade para o jovem conseguir o primeiro emprego não está relacionado apenas a pouca experiência profissional ou a falta de conhecimentos específicos, mas também ao nível educacional, pois as empresas se modernizaram muito rápido e os jovens não conseguiram acompanhar o ritmo desse desenvolvimento industrial.
Ter uma formação superior ou um curso técnico para garantir o sucesso é o sonho de muitos jovens brasileiros, no entanto, na prática a realidade é um pouco mais dura em relação ao que a maioria imagina.
Hoje, o desemprego é um dos maiores problemas no mercado de trabalho, a globalização (transporte rápido de notícias e informações) provocou a necessidade de modernizar-se tecnologicamente em uma proporção rápida. Assim, os índices de crescimento econômico, concentração de renda e a exclusão social, têm contribuído para o aumento do mercado informal.
Para o jovem a qualificação profissional não ocorre com rapidez, e esse agravante não é um dado recente, é um fato histórico que nasceu junto com a estrutura econômica brasileira que há muito tempo não valoriza corretamente essa parcela populacional.
Os adolescentes de baixa renda começam a trabalhar cada vez mais cedo, para contribuir no orçamento familiar, o que termina comprometendo a formação desses jovens e isso acaba por inviabilizar as especificidades para as exigências do mercado de trabalho.
O Serviço Nacional da Indústria (Senai), e o Serviço Social da Indústria (Sesi), por exemplo, atuam através da oferta muitas vezes gratuita de cursos de capacitação profissional como o curso de técnico em informática, por exemplo, para preparar quem deseja uma melhor qualificação.
Além da necessidade de se trabalhar, a remuneração é uma das motivações que levam o jovem a ralar cada vez mais cedo.
Segundo pesquisa do ministério do trabalho 27% dos jovens ganham entre 1 e 2 salários mínimos, 26% entre 1 salário mínimo, 24% de 2 a 3 salários mínimos, 19% mais de 3 salários mínimos, 3% não responderam ao questionário1% não são remunerados.
Mesmo diante dessa realidade existem inúmeras vagas a serem ocupadas por todo o país, principalmente na área de tecnologias da informação, no entanto, falta qualificação dos jovens, então, investir no profissionalismo é o melhor caminho para garantir uma carreira promissora que venha a trazer vantagens pessoal e profissional.

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