25 de abril de 2008

Gretchen e Rossi: reentrâncias, saliências e Itamaracá

A cantora Gretchen buscará conquistar, no pleito de outubro ─ pleito, frise-se ─, com votos e não com suas saliências ou reentrâncias, a prefeitura da ilha de Itamaracá, em Pernambuco.
Como é próprio de períodos eleitorais, há quem, desde já, fale em incapacidade para o cargo, sem explicar se por inexperiência política ou por ser a candidata, além de cantora e bailarina, atriz de cinema pornô. Ora, já que Gretchen lembra Brecht, ao menos na origem lingüística comum, atente-se para a sentença deste: O que é um assalto a um banco, comparado à fundação de um banco?
Parafraseie-se, em seguida, o dramaturgo alemão: o que é a eleição de uma atriz que revela seus pudores pubianos, comparada à imoralidade que impera nos escalões republicanos? Aprofunde-se a questão: o que é mais ofensivo aos pudores de uma sociedade: a exibição de pelos púbicos ou o despudor dos homens públicos, que só pensam nos próprios interesses, sejam eles adstritos ao poder pelo poder ou ao dinheiro pelo dinheiro? Ou a ambos?
Convém lembrar que enquanto estes dilapidam os fundos públicos, aquela usa os próprios, não para a felicidade geral da nação, a bem da verdade, mas para prazer dos que com ela contracenam. Só tem um problema: o cantor pernambucano Reginaldo Rossi anunciou, certa vez, que também pretendia candidatar-se a prefeito daquela ilha paradisíaca.
A propósito, confirmando-se a intenção assistiremos a um embate assaz interessante: pregas sedais contra pregas vocais.

Quem vencerá?


O trecho mordaz acima faz parte do artigo do publicitário Marcelo Alcoforado postado hoje no blog, que vale a pena ser lido na íntegra, pelo modo jocoso como o articulista aborda o assunto.


Fonte: Blog do Magno

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