27 de novembro de 2008

Coluna Realidade Virtual

O estouro da bolha da Segurança Pública em SCC
Euzébio Pereira

O sistema financeiro mundial sofre, nos dias atuais, com o estouro da bolha imobiliária que atingiu o EUA tempos atrás. Em um contexto diferente e em uma realidade diversa daquela, temos, em Santa Cruz do Capibaribe, o estouro da bolha da Segurança Pública que há pouco tempo atrás era tido, por alguns, como modelo para o Estado.
Há de se ressaltar que nenhum plano de melhoria em determinada área é imediato, principalmente nas áreas de educação, segurança pública e saúde, onde se podem tomar medidas paliativas e de conforto imediato, mas que não fará com que o problema acabe, apenas o ameniza, para que medidas eficientes, coordenadas e gradativas possam solucionar o problema.
Muitos dos planos e metas para algumas áreas específicas de políticas públicas passam, necessariamente, por mais de uma pasta em um governo que preze pelo bem estar da população. Neste sentido e no tema proposto, temos que no caso da segurança pública as ações devem ser feitas em parcerias com várias pastas do poder público do Estado contando com o devido apoio do Governo Municipal e Federal. No caso de SCC, temos que foram produzidas políticas voltadas para o fim imediato dos problemas relacionados com a falta de segurança, esquecendo-se, porém, de se atuar com ações coordenadas para que estas medidas, que por algum tempo deram certo, pudessem de fato se tornar concretas, ocasionando um bem estar para a população de nossa cidade.
Tempos atrás, em nossa cidade, o Conselho da Paz era referência na discussão de políticas voltadas para melhorar a questão da Segurança Pública Municipal, hoje o Conselho de Segurança, que o substituiu, deixa a desejar. Temos, ainda, o Conselho de Juventude, que seria um grande colaborador para a discussão de políticas públicas em beneficio dos jovens, fato que ajudaria no combate à criminalidade, mas que foi desprezado pelo executivo municipal. Políticas educacionais deixaram de ser tomadas, inviabilizando que os números da criminalidade pudessem se manter em níveis aceitáveis, buscando sempre diminuí-los.
Entendemos que para que haja um efetivo combate à criminalidade deve-se ter base para isso e essa base vem das políticas públicas em diversas áreas de atuação, tanto na esfera estadual (principal responsável pela Segurança) quanto nas esferas federal e, principalmente, municipal, que sente de perto os anseios da sociedade que eles representam.
Desta forma, políticas públicas nas áreas de educação, juventude, lazer, geração de emprego e renda, coordenadas com as políticas públicas de segurança é a principal (se não a única) maneira para um combate eficaz contra a criminalidade, que tanto assusta e prejudica nossa cidade.

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