26 de junho de 2009

A MUDANÇA DE TOM

Quem acompanhou a entrevista concedida na última terça-feira pelo diretor do LAFEPE e pré-candidato a deputado estadual Oseas Moraes (PSB) ao programa “Tribuna Livre” da Vale AM, pode constatar que ele mudou definitivamente o tom do discurso quando o assunto é a convivência política com o também pré-candidato José Augusto Maia (PTB).

Se antes Oseas preferia não polemizar, agora não foge de algumas questões que possam gerar questionamentos no grupo taboquinha. Quando perguntado se esse era realmente o momento certo para se lançar candidato, ele não titubeou, e afirmou que já havia aberto mão dessa candidatura em outras oportunidades, mas que 2010 seria a hora de disputar a campanha e voltar a ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa de Pernambuco.

Ele disse ainda que em 2008 tudo teria ficado certo para uma dobradinha com o próprio José Augusto, que sairia como candidato a deputado federal, só que os planos do petebista não emplacaram obrigando-o a desistir da idéia inicial e pleitear também uma vaga à deputado estadual.

No trecho mais contundente da entrevista Oseas foi enfático ao afirmar que se por acaso o ex-prefeito não puder ser candidato no próximo ano, já que o mesmo enfrenta alguns processos no âmbito da justiça eleitoral, ele espera ter o apoio total do grupo taboquinha em Santa Cruz do Capibaribe. De acordo com o diretor do LAFEPE, o prefeito Toinho do Pará já garantiu ao mesmo que todo o bloco estará com ele na disputa se José Augusto não for candidato, e que de forma alguma será admitida uma candidatura de alguém de outra cidade, nem tão pouco algum político que queira ganhar visibilidade já pensando nas eleições municipais de 2012, dando mostras de que o prefeito se preocupa também com possíveis traições.

A entrevista serviu acima de tudo para mostrar que o clima de “paz e amor” que chegou a ser encenado pelos pré-candidatos do PSB e PTB chegou ao fim. Com a aproximação da campanha, a definição de apoios e com os blocos já nas ruas, o que vai valer mesmo é a regra do cada um por si, e Deus por todos.

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César Mello- jornalista

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