5 de janeiro de 2010

Verdades absolutas


O que são verdades absolutas? Ora, nada mais são do que o reflexo exteriorizado do que cremos e não constatamos nem aceitamos a contestação.

Dentro de cada um de nós há Deus na cabeça e um rei na barriga. Cremos que tudo é o que pensamos e aquilo que não pensamos ou aceitamos no pensamento vem a ser errado, pecado e falso. Quaisquer que seja a nominação tendemos a repulsar a ideia alheia e às vezes, tudo que é alheio.

Esse egoísmo de ideias está na base dos conflitos. E os conflitos são gerados quando os egos superam os limites do pessoal e infringem regras e direitos de outrem.

O tecido social é composto de regras e pontos que não se devem romper. O rompimento gera inúmeros processos e se descamba para a busca incessante do rearranjo. No que tange ao absolutismo das verdades aceitas ou não, podemos iniciar com a afirmação de que as coisas são! Estão inseridas no contexto! Estou fora do contexto!

Há coisas na vida em que nossa verdade- ou opinião- pra na da vale, mas tem o poder de como fato transformar a nossa própria vida.

O pleonasmo que ora trato é um reflexo e uma descrição do que somos.

Somos levados dia-a-dia a aceitar moldes comportamentais externos e não nos é dado o direito de ditar parâmetros de vivência. Será que o que somos é insuficiente para estabelecermos nossas verdades? O que nos resta? Sermos meros seres aculturados, que só absorve as informações externas? Será que ainda teremos um tempo para sermos e expressarmos nossas verdades absolutas? O que virá? Cada ser humano só transmite a outros até o limite de sua capacidade. É uma verdade absoluta.
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Auzenio Clementino

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