24 de junho de 2007

Elba concede entrevista coletiva em Campina Grande

Confira

Imprensa – Ao participar do São João de Campina Grande você se sente emocionada pelo fato de você ser paraibana?
Elba – Claro e depois Campina é um referência, é uma cidade que me régua e compasso. Comecei aqui, fiz faculdade aqui. A primeira vez que eu pisei num palco foi e Campina Grande. É o maior São João do mundo, é tradicional, é forte e atrai gente do Brasil e do exterior. Eu sei o que isso significa.

Imprensa – Que dificuldades você enfrentou no início de sua carreira?
Elba – A maior dificuldade era justamente se profissionalizar. No sul eram outros tipos de dificuldades como solidão e falta de comunicação. Era uma cultura que não era muito aceitável. Hoje as barreiras caíram eu me sinto confortável cantando tanto no Rio de Janeiro quanto na Paraíba.

Imprensa – Qual música não pode faltar durante seus shows?
Elba – Banho de Cheiro, porém nesse São João eu não estou cantando nada romântico só forró.

Melqui Lima – Como você analisa a disputa de espaço entre o forró tradicional e o chamado forró estilizado?
Elba – Eu discordo dessa sua colocação de forró estilizado. Eu não sei o que é forró estilizado, pra mim forró é forró. È a música que fala dos costumes e das tradições. Eu uso onze músicos no palco, uso eletrônicos, uso guitarra, uso vários elementos tecnológicos que não distorcem o forró. Cada um tem sua opinião, acho que tem espaço para todos. Eu prefiro a música de Luiz Gonzaga do que a música descartável que se faz por ai.

Imprensa – O que significa o São João para você?
Elba – É uma memória afetiva que eu tenho dessa festa, eu no sertão. São João para mim é Luiz Gonzaga na vitrola, fogueira acesa, milho assado, canjica, pamonha e muito forró.

Imprensa – Recentemente perdemos vários ícones da música nordestina o que representaram para você essas perdas?
Elba – Ambas as perdas foram fortes e tocaram o meu coração. Sivuca era meu amigo de 30 anos, fez músicas pra mim, gravou comigo, viajei com ele por muitos lugares do mundo. Marinês era minha comadre, uma referência, uma professora. A Marinês tinha uma consciência espiritual muito forte, ela está em um lugar melhor.

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