29 de dezembro de 2008

Santa Cruz faz aniversário sem o destaque merecido

Em qualquer município do mundo o aniversário de emancipação é motivo de grande festa e mobilização do poder público municipal e de toda a sociedade em torno dos preparativos para uma festança. Porem, em Santa Cruz do Capibaribe parece que esse envolvimento e o ´´amor pela terrinha`` não existe.
A cidade comemora hoje 55 anos de existência e o máximo que será feito (claro que fora a medalha Padre Zuzinha, projeto do vereador Rui Medeiros, que visa homenagear as pessoas que contribuíram e contribuem para o crescimento e solidificação de Santa Cruz do Capibaribe) deverá ser a apresentação da Banda Matricó logo mais a noite na Av. 29 de Dezembro. O que Matricó tem a ver com 55 anos de história e sucesso de nossa amada ´´capital das confecções``?
Sinceramente como pode o governo municipal deixar passar quase que em branco uma data tão importante como essa? Santa Cruz não merece o descaso com que está sendo tratado esse 29 de dezembro. Onde estão as manifestações artísticas, as apresentações cívicas, os festivais de musica e dança, ou seja, uma verdadeira Festa de Emancipação?
È com forró estilizado (nesse caso o ´´chupa que é de uva`` e o ´´senta que é de menta`` copiado de outras bandas) e o pagodezinho ´´erótico`` que se pretende homenagear esses 55 anos de luta resultado do empenho de figuras como Noronha, Augustinho Rufino, Major Negrinho, Raimundo Aragão, os Catanhas, Padre Zuzinha entre tantos outros?
Acorda Santa Cruz, senhores políticos e sociedade tomem por exemplo cidades vizinhas como Taquaritinga do Norte e Caruaru que quando de suas comemorações mobilizam a todos em uma a verdadeira ´´festa`` à altura do merecimento de seus munícipes. Afinal Santa Cruz é maior que boca-preta e taboquinha, mais do que Zé Augusto ou Edson Vieira, mais que Vale ou Comunidade. Santa Cruz é abençoada e acolhedora e merece o devido respeito. E você qual sua opinião?

Um pouco de história

Em 1750 o português Antônio Burgos vem descansar por essas bandas, onde fixa residência e tem-se assim o inicio de nossa história. Em 1892 é criado o distrito de Santa Cruz, subordinado a Taquaritinga do Norte, sendo elevado em 1953 à categoria de município e ficando independente da ´´Dália da Serra``.
Claro que toda essa história teve a contribuição de figuras importantíssimas como Raimundo Aragão, por exemplo.
Em seguida iniciou-se a cultura da ´´sulanca``, mantida até hoje.

Prefeitos


1º Raimundo Francelino Aragão (55 a 59)


2º Pedro da Silva Neves (59 a 63)

3º Raimundo Francelino Aragão (63 a 67)

4º Pe José Pereira de assunção (67 a 71)

5º Brás de Lira (71 a 76)

6º Pe José Pereira de assunção (76 a 82)

7º Augustinho Rufino de Melo (82 a 88)

8 º Ernando Silvestre da Silva (88 a 92)

9º Raimundo Francelino Aragão Filho (92 a 96)

10º Ernando Silvestre da Silva (96 a 2000)

11º José Augusto Maia (2000 a 2004)

12º José Augusto Maia (2004 a 2008)

13º Antônio Figueirôa(2009 a 2012)

Hino de Santa Cruz



Letra de Temístocles de Andrade
Música de Pe. Hermínio de Queirós





Santa Cruz, terra tão linda
Debaixo dum céu de anil
A luz do sol que te ilumina
Dá relevo ao teu perfil.


Santa Cruz, agora és livre,
Vais cuidar do teu porvir.
Por lei já tens, tens o direito } bis
De crescer e progredir }

DEUS, ao tecer teu destino
Quis fazer-te singular:
Deu-te os encantos da aurora
E a majestade do mar!

Tu foste de Ibiapina
Do Padre Estima também
A obra prodigiosa
Que tanto fulgor contém!

Santa Cruz, este teu nome
Nos traz recordação
Da tragédia do Calcário
Para a nossa redenção

Teu povo é um povo que sabe
Mostrar-se sempre de pé
Na defesa sacrossanta
Da liberdade e da fé

Tua paisagem deslumbra
Com variado matiz,
Tu és do Capibaribe
Atalaia e esposa feliz

Tuas velhas gameleiras,
Que o tempo não destruiu
São dosséis que a Natureza
Contra o grande calor construiu

Depois de longos embates
Visando o egoísmo atroz
Teus ideais triunfaram
Numa arrancada de heróis

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é novidade a falta de destaque à nossa cidade, pois até o povo assim a trata. Vemos uma cidade que tem uma desenvltura inimaginável, um povo trabalhador e honesto,um povo que ri das próprias desgraças, "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" mas também vemos um povo que insiste em viver como se tivesse uma mente pequena. Um povo guerreiro que ganha a vida com muito esforço e trabalho mas que ainda vive de coisas pequenas e do passado, não fazemos idéia de quando Santa Cruz do capibaribe teve uma festa de aniversário decente, dígna e honesta com ela mesma, esse ano não poderia ser diferente, pois se não fosse uma simples comenda (medalha Pe. Zuzinha) criada nada em Santa Cruz lembraria seu aniversário, isso não é culpa apenas dos nossos governantes mas também desse mesmo povo trabalhador que insiste em viver com mente infantil, vale ressalaar que não são todos. Vemos uma cidade que vive abandonada pois nos hospitais falta de tudo, o crime toma cona da cidade, pois não sabemos porque tanta condecoração pela segurança pública se nesses ultimos dias pessoas de bem foram assassinadas e "esquecidas", apenas seus familiares e amigos continuam lembrando dos mesmos, se tornaram mais um número das estatísticas. Um cidade onde o povo que ganha uma eleição insiste em brincar usando as músicas do que perdeu, não sei bem que prazer isso dá, pois trabalham tanto rpa ganhar uma eleição e quando ganha ao invés de usar os seus hinos, suas letras pra lembrar as lutas e comemorar a vitória sente prazer em tirar sarro dos outros e não comemoram, se preocupando apenas se o outro está sendo gozado...Diante desses fatos não acho diferente esse ano de "comemorações" pelo aniversário de nosso município...Mesmo assim, parabéns Santa Cruz do Capibaribe, parabéns santacruzenses...
Anderson Guerra
Suplente do Conselho Tutelar

Anônimo disse...

"Sinceramente como pode o governo municipal deixar passar quase que em branco uma data tão importante como essa?"

Existes questões mais importantes na cabeça do prefeito: manter o domínio na sua facção política, manter sua visibilidade e não perder as rédeas. Ou seja, o que ocupa a cabeça de José Augusto Maia é o que sempre lhe preocupou: adquirir e manter poder. A festa não é útil no momento, se fosse, seria uma comemoração gigante. Mas não é: manda a Matricó que é pra isso que ela serve.
E o povo? Nem o principal interessado está se incomodando com nada, afinal, deu continuidade ao "projeto"...